Os pais perante o rendimento escolar | ||||||||
Já escrevemos anteriormente que o primeiro motivo que provoca a relação dos pais com o colégio dos filhos é o da melhoria dos resultados escolares. E é lógico que assim seja. Deve ser um objetivo fundamental dos pais protagonistas da educação dos filhos que estes consigam desenvolver ao máximo todas as suas capacidades intelectuais: esse seria o verdadeiro êxito escolar do filho.
A responsabilidade dos estudos recai sobre os pais, os professores e sobre o filho-aluno. É uma responsabilidade partilhada e, portanto, nenhuma das três partes deve permanecer à margem desta tarefa ou ter ópticas diferentes. Nós, os pais, não podemos esquecer que o protagonista da aprendizagem é o nosso filho, o estudante, e que nunca pode ser sujeito passivo do processo educativo. Para a aquisição de conhecimentos não basta que os professores expliquem e exijam, é preciso que o aluno realize o trabalho correspondente de aprender, que não é só <
- Aprender a pensar; - Adquirir a capacidade de discernimento para chegar a ser uma pessoa que saiba escolher; - Obter a cultura que, se é autêntica, é uma forma de viver, etc. O estudo infui no desenvolvimento de toda a personalidade, pois partimos da idéia de que:
É preciso 'motivar' os filhos para que queiram estudar e conseguir que possam e saibam fazê-lo. Necessitarão:
Os filhos valorizam muitíssimo a laboriosidade dos pais e a sua dedicação à família. O seu exemplo é decisivo para os ajudar a ser bons trabalhadores: é o melhor estímulo para os filhos. Sobretudo no caso dos alunos mais jovens: de nada serve que um pai trabalhe muitas horas fora de casa se, ao chegar, não realiza tarefa alguma em benefício da família, porque "está muito cansado". Há pais a quem parece que só os preocupa na educação dos filhos que obtenham boas notas, pois reduzem a educação ao êxito escolar, como primeiro passo do futuro êxito social. Estes pais que se ficam pelo resultado e se esquecem da educação como processo, como é necessária a mudança da pessoa do filho através do tempo, não estão a tratar os filhos como seres livres. Assim, a educação converte-se em treino, pois não se conta com os motivos, convicções e preferências de cada filho. Para que o estudo seja um trabalho educativo deve pôr em jogo as faculdades pessoais, isto é: - deve ser livre, realizado intencionalmente; - assumindo a responsabilidade da própria tarefa. Depois, para que o estudo seja um trabalho livre e possa servir como meio de educação, deve dar prioridade à pessoa, e não ao resultado objetivo desse trabalho. Por conseqüência, é preciso indicar aos filhos ou alunos as razões do seu trabalho, sem reduzir o horizonte das tarefas escolares ao cumprimento de uma obrigação penosa que não haveria mais remédio senão fazer enquanto não chega o tempo das férias.
Uma boa medida será sem dúvida seguir dia a dia, de maneira prudente mas real, os estudos dos filhos, ajudando-os discretamente a manter a exigência de um plano diário de estudo. Os pais devem evitar as reações desproporcionadas perante < Os filhos melhor dotados, os de notas elevadas sem esforço, correm o risco de não ser educados numa virtude tão fundamental como a laboriosidade. De acordo com o orientador escolar, teremos que preparar-lhes um plano pessoal de estudos que fomente os seus hábitos de trabalho. As classificações escolares devem servir para :
Para ajudar os nossos filhos nos seus estudos, temos de assegurar em casa, com as ações adequadas, as condições favoráveis para que trabalhem todos os dias: - lugar tranqüilo para estudar; - um ambiente familiar que anime a estudar; - um horário de estudo que se respeita sem interrupções; - o controle severo sobre a televisão, etc.; mostrando sempre interesse pelo trabalho que realiza o filho. Condensado do livro: As Relações Pais-Colégio, José Manuel Cervera e José Antonio Alcázar , Editora Rei dos Livros |
domingo, 28 de agosto de 2011
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